3º Dia - 16 de Novembro de 2012
Início: Itariri-SP
Fim: Bertioga-SP
Distância
por terra: 149 Km Distância por água: 1
Km Distância total: 150 Km
Tempo total: 11:08:55
Trajeto: Pedal de Itariri até Bertioga passando por Peruíbe,
Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos; Balsa para o Guarujá;
Balsa para Bertioga.
O combinado era despertar às 06:30 mas eu e o Sálvio
resolvemos esticar até às 07:00 e partimos para o café da manhã no hotel.
O dia estava com céu azul e o calor já se apresentava como
companhia.
Enquanto arrumava as coisas percebi que a GoPro não filmou
os dois primeiros dias. Não estava no modo automático. Não filmou a saída de
São Chico, o galope do cavalo, a trilha de Superagui, o tombo do Samuel. Mas
tudo bem, a partir de agora vai filmar.
Tudo certo, tudo pronto, eram 07:50 e a Dona Aurora percebeu
que ao invés de cobrar R$120,00 pelas 3 diárias, cobrou R$ 1.200,00 e o Samuel
confirmou a operação.
Pronto, agora f#@*%, o atraso vai ser grande, pensei.
Ligamos para o filho dela que
estava em Peruíbe e que logo chegaria,
aham.
Enquanto esperávamos, o Sálvio foi até uma loja de celulares
para arrumar o seu que não funcionava e sem o aparelho ele não vive. Aproveitou
e voltou com um óculos da Nike original que comprou em uma barbada por apenas
R$ 10,00 (o vendedor disse que era original sim).
Depois de muita espera ele chegou, cancelou a operação e
pudemos partir às 10:10.
Nos despedimos de Itariri e seguimos rumo ao litoral sentido
Peruíbe, onde pedalamos um pouco, muito pouco pela praia pois a areia estava
pesada e o Samuel muito carregado não desenvolvia.
Voltamos a avenida beira mar asfaltada e logo estávamos em Itanhaém onde paramos para almoçar no restaurante Pier 7 da dona Sandra. O Sálvio aproveitou para dar um mergulho na praia.
Almoçamos muito bem obrigado e com sol bem forte partimos
para Mongaguá onde fomos obrigados a rumar
para a BR pois pela rua da praia era impraticável o pedal naquelas
malditas valetas.
Na rodovia, plana e com acostamento largo desenvolvemos boa
velocidade. Ao retornar para a praia encontramos uma bela ciclovia e até o fim
da avenida separada pelo Rio Itinga pedalamos sem parar.
No final do calçadão, encontramos uma turma que fez as duas
perguntas e o comentário de praxe: “De onde vem? Pra onde vão? São loucos”. Nos
deram dicas e desejaram boa sorte.
Desviamos até outra avenida onde havia uma ponte e
retornamos a beira mar pela ciclovia que se estendia de Mongaguá até o final da
Praia Grande percorrendo mais de 20 km.
Paramos para um café e logo rumamos para Santos, passando pela ponte pênsil e chegando em São
Vicente, onde inicia o litoral recortado de São Paulo com suas curvas, subidas
e descidas.
Chegando em Santos seguimos em ciclovia novamente e chegamos
até a balsa que faz a travessia para o Guarujá.
Aqui cabe uma observação importante.
Fiquei impressionado, muito impressionado mesmo com a
quantidade de bicicletas no trecho Praia Grande, São Vicente, Santos, Guarujá.
Não só a quantidade de gente usando bicicleta, como também a estrutura que
comporta todo esse fluxo sobre duas rodas. Ciclovias em ótimo estado, muito bem
sinalizadas e respeitadas pelos usuários e pedestres.
Em Santos, quando não há espaço nas laterais, a ciclovia
segue pelo canteiro central de uma grande avenida, como ocorre no Guarujá, logo
que se desembarca da balsa, esta, utilizada somente por pedestres e ciclistas.
Parabéns aos responsáveis por esta estrutura e harmonia.
No Guarujá, paramos para calibrar os pneus e seguimos
adiante passando por pequenas praias como a da Enseada, Pernambuco e Perequê
(Sálvio, aquela prainha que tu achou bonita) onde erramos o caminho e depois de
1 km voltamos ao trajeto correto.
A esta altura percebi que o cronograma mais uma vez não
seria cumprido, pois já eram 19:15 e ainda faltavam pouco mais de 50 km até
Boracéia, destino planejado.
Na estrada do Pernambuco passamos por diversas marinas com
suas pequenas bateiras em prateleiras.
Era noite quando chegamos a balsa, a última da viagem, que
atravessa para Bertioga.
Observação pertinente: Será que só em Santa Catarina se paga
para atravessar com bicicletas em balsas? Em todas as travessias (3) que
fizemos (de balsa) não pagamos nem um centavo.
Na travessia conheci o Mandela, um senhor gente boa que nos
informou sobre o trecho que tínhamos pela frente e desejou boa sorte.
Desembarcamos e fomos pelo calçadão onde um casal nos
orientou a procurar pousada em uma movimentada avenida. Foi o que fizemos e sem
muita demora estávamos em frente a Pousada do Pedrinho.
Enquanto os dois cuidavam das magrelas, subi para ver as
acomodações e tarifas. O quarto não era lá essas coisas, mas tinha camas e
chuveiro. Fechado, pagamento adiantado guardamos as bikes na garagem e subimos
para deixar as bagagens.
Segredo: Levei 3 camisas , duas bermudas térmicas e duas de
ciclismo e todas estavam sujas. Perguntei a recepcionista se havia um local
para que eu pudesse lavar e ela disse que não. Fiz uma cara de cachorro sem
dono e quando dobrei no corredor para o quarto, ouvi: - “Moço, vou abrir uma
exceção, não sendo cueca, eu ponho na máquina e a amanhã antes de sair você
pega, mas não pode ter cueca.”
Ok, peguei as roupas e entreguei para ela que olhou as
bermudas térmicas e perguntou se eram cuecas. Respondi que eram bermudas térmicas,
sem dizer que exerciam a função de cuecas, e ela seguiu rumo a lavanderia.
Descemos com fome as escadas e, na rua olhamos para o lado
esquerdo. Estávamos do lado da Churrascaria Boi Gordo. A sorte do proprietário
era de não havia espeto corrido, pois o prejuízo seria enorme.
Pra não perder o costume, deixei os dois pra trás e fui pro
banho. O banheiro era tão pequeno que era possível usar o vaso e tomar banho ao
mesmo tempo.
Colocamos todo nosso material de apoio pra carregar (3
Máquinas Fotográficas, 1 Filmadora, 04 pilhas, 4 celulares, 1 Netbook, 1 GPS, 1
Farol) e depois de algumas risadas era hora de dormir.
Combinado o horário do despertar para às 06:00, Boa noite.
Xara, parabens pela descrição da trip, muito legal mesmo... um detalhe, as balsas de lá são pagas na volta, tanto a de Bertioga/Guaruja como a de Guaruja/Santos, e como tem um movimento muito grande o valor acaba sendo baixo, isso para quem usa somente uma vez ou outra, pq para quem trabalha e usa todos os dias, acaba pesando um pouco. Abçs, Fabio Pinheiro
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