Relato Expedição São Chico x
Aparecida
4º Dia - 17 de novembro de 2012
Início: Bertioga-SP
Fim: Paraibúna-SP
Distância
total: 174 Km
Tempo total: 15:20:54
Tombo: 1 Samuel
Trajeto: Pedal de Bertioga até Paraíbuna via BR 101
RIO-SANTOS passando por Boracéia, Maresias, São Sebastião e Caraguatatuba.
Acordamos às 06:00 pois queríamos sair cedo pois na pousada
não havia café.
Em 5 minutos encontramos um local onde tomamos café,
debatemos sobre a alteração do trajeto e fizemos cálculos.
Minha idéia era seguir até Ubatuba, de onde no dia seguinte,
subiríamos a serra até Aparecida, porém com o relevo recheado de serrinhas para
percorrer, não daria tempo de chegar com luz natural e para mim era muito
perigoso pedalar no escuro em uma estrada sem acostamento com muitas elevações.
Na rodovia BR 101 também conhecida por RIO-SANTOS,
encontramos vários ciclistas treinando, alnguns solo, outros em duplas ou ainda em grupo, como os
“velhinhos da Riviera, que encontramos trocando pneu na beira da estrada” e paramos para troca de informações.
Num longo trecho plano chegamos até a localidade de
Guaratuba onde há um morrinho que engana, pois é curto, mas alto. Vencido
este obstáculo, mais a frente começaram as elevações que seriam constantes até
chegarmos em Caraguatatuba.
Logo que descemos o morrinho da Petrobras como é chamado, os Velhinhos da Riviera nos passaram e como pudemos ver, pedalam muito bem, pois logo se distanciaram.
Logo que descemos o morrinho da Petrobras como é chamado, os Velhinhos da Riviera nos passaram e como pudemos ver, pedalam muito bem, pois logo se distanciaram.
Pegamos o contato e é hora da descida, uma vertiginosa descida, onde facilmente passamos dos
Lia as placas de indicação na estrada e dava aquela vontade de entrar mesmo que seja para dar uma espiada, mas não havia tempo para isso e então fomos deixando para trás as praias da Barra do Sahy, Preta, da Baleia, Camburi e Camburizinho, e Boiçucanga.
Chegamos a tão aguardada serra de Boiçucanga que faz divisa
com a praia de Maresias e em 30 minutos subi os 3 km e cheguei ao topo dos 315 metros , cerca de 5 minutos depois chegou o Sálvio e mais 10 minutos, empurrando seu caminhão de
mudanças, chegou o Samuel.
Fizemos uma breve pausa e nos preparamos para descer durante
4 km .
Filmadora ligada, testamos os freios e iniciamos o zigue zague serra abaixo.
Rápido, mas muito rápido chegamos em Maresias, mareados de
fome e encontramos um restaurante onde comemos um bom PF e descansamos um
pouco.
Na tv era noticiado o atentado em um ônibus em São Chico. Pensei
em pedir pra Cíntia pegar os guris, nossas coisas e rumar pra Maresias, onde
poderíamos morar. Acho que o sol estava afetando meus pensamentos.
Mais informações sobre o trajeto e rumo a estrada para
Caraguatatuba (até pra digitar, este nome é complicado).
Queria acreditar que depois do almoço o pedal seria mais
leve, mas era só ilusão, pois em menos de 1 quilômetro pedalando, começou o sobe
desce de novo.
E assim fomos deixando pra trás belas praias como Paúba, Santiago, Toque Toque Pequeno, Calhetas, Brava do Guaecá, Guaecá e Barequeçaba. Passamos pela bela cachoeira de Toque Toque, mas não a tocamos.
E assim fomos deixando pra trás belas praias como Paúba, Santiago, Toque Toque Pequeno, Calhetas, Brava do Guaecá, Guaecá e Barequeçaba. Passamos pela bela cachoeira de Toque Toque, mas não a tocamos.
Em cada subida era possível ver os recortes do litoral norte
de São Paulo e a imensa Ilha Bela, que assim como outros locais, ficou para ser
visitada na próxima expedição (talvez nem tão próxima assim).
Chegamos a São Sebastião e para mim era como se estivesse
chegando em casa, pois há centro histórico, terminal da Petrobras, Praia da
Enseada e até São Francisco. Só posso estar delirando.
Combinamos de parar para tomar um café e logo chegaram
Nadine e Amanda, as esposas com o apoio emocional, logístico e financeiro.
Deixamos elas pra trás e seguimos até Caraguatatuba onde
chegamos depois de uma meia dúzia de sobe desce, onde dormiríamos naquela
noite, para na manhã seguinte concluir a expedição com 165 km que faltavam até
Aparecida.
Eis que a discórdia instarou-se sobre o trio e acabava ali a
harmonia. Para realizar a prova de fé, o Sálvio insistiu que deveria subir a
serra pela Rodovia dos Tamoyos ainda no final daquela tarde e como já passavam
das 18:00, seria impossível transpor os quase 60 km até Paraibúna e os 820 metros de elevação
sem que chegasse a noite. Teimoso como mula, nem sequer ponderou sobre os riscos de pedalar a noite
em uma rodovia sem acostamentos, sozinho. Já pensando em desistir e voltar
daquele ponto de ônibus, o Samuel me convenceu a continuar, depois de ver o
Sálvio sair desembestado estrada a fora. Numa corrida contra o tempo
encontramos o Sálvio próximo da saída para a Rodovia dos Tamoyos onde o Samuel
lhe emprestou seu super farol e ele seguiu serra acima.
Apesar de muito chateado com aquilo, concordei em continuar
e entendi que para o Sálvio era muito mais uma questão de fé do que uma
aventura. Sendo assim colocamos as bikes no carro e estava dada por encerrada
para nós a etapa do dia.
Às 20:40 partimos de Caraguatatuba rumo a Paraibúna e
faltando cerca de 12 km
encontramos o Sálvio com frio e cansado, mas pedalando. Agasalhado, foi seguido
por nós até chegar na pequena cidade localizada as margens da rodovia.
Na chegada ao hotel o Samuel encontrou um amigo e quis registrar o encontro. O hotel era no centro, e após descarregarmos as coisas, partimos para a janta em um bar movimentado, passava das 23:00 do sábado.
Na chegada ao hotel o Samuel encontrou um amigo e quis registrar o encontro. O hotel era no centro, e após descarregarmos as coisas, partimos para a janta em um bar movimentado, passava das 23:00 do sábado.
Retornamos ao hotel desta vez todos juntos e cada um para
seu quarto era a tão chegada a hora do descanso.
Combinado o horário do despertar para às 06:30, Boa noite.
Eles com suas esposas e eu com saudades.
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