sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Francisquenses no 5º Desafio Cicles Langner

No próximo domingo, dia 02 de dezembro acontecerá em Balsa Nova-PR a 5ª edição do Desafio Cicles Langner - 100 Km de MTB.

São Francisco do Sul será representada através da Pedala São Chico por 03 atletas nesta edição.
Flávio Silva na categoria Master 35 a 39, Gustavo Musse na 30 a 34 e Marilene Koepsel na Feminino Master.
Mais uma vez o Desafio dos 100 km vale pontos para o Ranking Nacional de Maratona

Programação:

Largada e Chegada de todas as categorias em frente ao Ginásio de Esportes de Balsa Nova, localizado no centro da cidade (Rua Ver. Luiz Antonio Pellizzari, 200)

Largada de todas as categorias às 08:30hs

Premiação de todas as categorias as 12:30hs

Encerramento Geral da prova as 14:30hs
(limite máximo para concluir o desafio será de 6hs, no ano de 2011 apenas 6 atletas não concluiram o desafio dentro do prazo estipulado pela organização)


Confira todas as informações no site:
http://desafio100km.com.br/

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Relato do 3º Dia da Expedição São Chico x Aparecida


3º Dia - 16 de Novembro de 2012

Início: Itariri-SP
Fim: Bertioga-SP

Distância por terra: 149 Km  Distância por água: 1 Km  Distância total: 150 Km

Tempo total:  11:08:55

Trajeto: Pedal de Itariri até Bertioga passando por Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos; Balsa para o Guarujá; Balsa para Bertioga.

O combinado era despertar às 06:30 mas eu e o Sálvio resolvemos esticar até às 07:00 e partimos para o café da manhã no hotel.
O dia estava com céu azul e o calor já se apresentava como companhia.

Enquanto arrumava as coisas percebi que a GoPro não filmou os dois primeiros dias. Não estava no modo automático. Não filmou a saída de São Chico, o galope do cavalo, a trilha de Superagui, o tombo do Samuel. Mas tudo bem, a partir de agora vai filmar.
Tudo certo, tudo pronto, eram 07:50 e a Dona Aurora percebeu que ao invés de cobrar R$120,00 pelas 3 diárias, cobrou R$ 1.200,00 e o Samuel confirmou a operação.

Pronto, agora f#@*%, o atraso vai ser grande, pensei. Ligamos para o filho dela  que estava  em Peruíbe e que logo chegaria, aham.
Enquanto esperávamos, o Sálvio foi até uma loja de celulares para arrumar o seu que não funcionava e sem o aparelho ele não vive. Aproveitou e voltou com um óculos da Nike original que comprou em uma barbada por apenas R$ 10,00 (o vendedor disse que era original sim).

Depois de muita espera ele chegou, cancelou a operação e pudemos partir às 10:10.


Nos despedimos de Itariri e seguimos rumo ao litoral sentido Peruíbe, onde pedalamos um pouco, muito pouco pela praia pois a areia estava pesada e o Samuel muito carregado não desenvolvia.




Voltamos a avenida beira mar asfaltada e logo estávamos em Itanhaém onde paramos para almoçar no restaurante Pier 7 da dona Sandra. O Sálvio aproveitou para dar um mergulho na praia.



Almoçamos muito bem obrigado e com sol bem forte partimos para Mongaguá onde fomos obrigados a rumar  para a BR pois pela rua da praia era impraticável o pedal naquelas malditas valetas.


Na rodovia, plana e com acostamento largo desenvolvemos boa velocidade. Ao retornar para a praia encontramos uma bela ciclovia e até o fim da avenida separada pelo Rio Itinga pedalamos sem parar.



No final do calçadão, encontramos uma turma que fez as duas perguntas e o comentário de praxe: “De onde vem? Pra onde vão? São loucos”. Nos deram dicas e desejaram boa sorte.
Desviamos até outra avenida onde havia uma ponte e retornamos a beira mar pela ciclovia que se estendia de Mongaguá até o final da Praia Grande percorrendo mais de 20 km.


Paramos para um café e logo rumamos para Santos, passando pela ponte pênsil e chegando em São Vicente, onde inicia o litoral recortado de São Paulo com suas curvas, subidas e descidas.



Chegando em Santos seguimos em ciclovia novamente e chegamos até a balsa que faz a travessia para o Guarujá.




Aqui cabe uma observação importante.
Fiquei impressionado, muito impressionado mesmo com a quantidade de bicicletas no trecho Praia Grande, São Vicente, Santos, Guarujá. Não só a quantidade de gente usando bicicleta, como também a estrutura que comporta todo esse fluxo sobre duas rodas. Ciclovias em ótimo estado, muito bem sinalizadas e respeitadas pelos usuários e pedestres.

Em Santos, quando não há espaço nas laterais, a ciclovia segue pelo canteiro central de uma grande avenida, como ocorre no Guarujá, logo que se desembarca da balsa, esta, utilizada somente por pedestres e ciclistas.

Parabéns aos responsáveis por esta estrutura e harmonia.
No Guarujá, paramos para calibrar os pneus e seguimos adiante passando por pequenas praias como a da Enseada, Pernambuco e Perequê (Sálvio, aquela prainha que tu achou bonita) onde erramos o caminho e depois de 1 km voltamos ao trajeto correto.

A esta altura percebi que o cronograma mais uma vez não seria cumprido, pois já eram 19:15 e ainda faltavam pouco mais de 50 km até Boracéia, destino planejado.
Na estrada do Pernambuco passamos por diversas marinas com suas pequenas bateiras em prateleiras.
Era noite quando chegamos a balsa, a última da viagem, que atravessa para Bertioga.

Observação pertinente: Será que só em Santa Catarina se paga para atravessar com bicicletas em balsas? Em todas as travessias (3) que fizemos (de balsa) não pagamos nem um centavo.
Na travessia conheci o Mandela, um senhor gente boa que nos informou sobre o trecho que tínhamos pela frente e desejou boa sorte.

Desembarcamos e fomos pelo calçadão onde um casal nos orientou a procurar pousada em uma movimentada avenida. Foi o que fizemos e sem muita demora estávamos em frente a Pousada do Pedrinho.
Enquanto os dois cuidavam das magrelas, subi para ver as acomodações e tarifas. O quarto não era lá essas coisas, mas tinha camas e chuveiro. Fechado, pagamento adiantado guardamos as bikes na garagem e subimos para deixar as bagagens.



Segredo: Levei 3 camisas , duas bermudas térmicas e duas de ciclismo e todas estavam sujas. Perguntei a recepcionista se havia um local para que eu pudesse lavar e ela disse que não. Fiz uma cara de cachorro sem dono e quando dobrei no corredor para o quarto, ouvi: - “Moço, vou abrir uma exceção, não sendo cueca, eu ponho na máquina e a amanhã antes de sair você pega, mas não pode ter cueca.”
Ok, peguei as roupas e entreguei para ela que olhou as bermudas térmicas e perguntou se eram cuecas. Respondi que eram bermudas térmicas, sem dizer que exerciam a função de cuecas, e ela seguiu rumo a lavanderia.
Descemos com fome as escadas e, na rua olhamos para o lado esquerdo. Estávamos do lado da Churrascaria Boi Gordo. A sorte do proprietário era de não havia espeto corrido, pois o prejuízo seria enorme.

Pra não perder o costume, deixei os dois pra trás e fui pro banho. O banheiro era tão pequeno que era possível usar o vaso e tomar banho ao mesmo tempo.
Colocamos todo nosso material de apoio pra carregar (3 Máquinas Fotográficas, 1 Filmadora, 04 pilhas, 4 celulares, 1 Netbook, 1 GPS, 1 Farol) e depois de algumas risadas era hora de dormir.

Combinado o horário do despertar para às 06:00, Boa noite.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Relato do 2º dia da Expedição São Chico x Aparecida


2º Dia - 15 de novembro de 2012

Início: Comunidade do Marujá – Ilha do Cardoso-SP
Fim: Itariri-SP

Distância por terra: 159 Km  Distância por água: 34 Km  Distância total: 193 Km
Tempo total:  15:19:44
Tombos: 3 do Samuel

Trajeto: Travessia de barco para a Ilha Comprida; Pedal a beira mar; Pedal até Itariri passando por Iguape, Reserva Ecológica de Juréia-Itatins (estrada do Despraiado) e Pedro de Toledo.


Durante a noite anterior o gotejar do chuveiro parecia um relógio de igreja dentro do quarto, mas como estávamos cansados , logo adormecemos.

Ainda eram 04:30 da madrugada e nosso camarada Samuel resolveu usar o banheiro, transformando o restante do sono em pequenos períodos de cochilo.

Quando não agüentava mais o barulho do Samuel, resolvi levantar e começar a arrumar as tralhas nos alforges para tomar café e partirmos.
Tomamos o café enquanto perguntava sobre a história da Débora e o que a fez parar naquele lugar. Ela disse que conheceu o Marujá há muitos anos em um Carnaval e jamais foi embora.

Depois de bem alimentado, me despedia da Débora, enquanto os dois arrumavam suas coisas. O Samuel com sua carga enrome sempre demorava um pouco mais a aprontar a arrumação na bike.

Deixei os dois terminando de arrumar e parti para o trapiche onde o André colocava a voadeira na água.


Eram 07:30 quando, com as bikes embarcadas, partimos para a parte sul da Ilha Comprida.

No caminho diversos barcos e lanchas vinham na direção oposta trazendo turistas para o feriado na ilha, cuja lotação é controlada e não pode passar das 1200 pessoas.

Avistamos golfinhos também, mas diferente da Babitonga eles não são muito chegados a fotografia.
Em 01:00 navegando pelo canal de Cananéia chegamos em terra firme de onde pudemos observar a cidade que dá nome ao canal.

Desembarcamos rapidamente, pois paramos onde a balsa atraca e é proibido para ali e o André seguiu para Cananéia.

Frete pago, R$ 50,00 por pessoa e hora de ir ao banheiro e se preparar para pedalar mais de 50 km pela beira da praia até o centro.

No caminho muitos carros cruzaram por nós em velocidade alta, considerando o local.
Uma placa me chamou  atenção a determinada altura, onde li “Propriedade da Paris Filmes SA" Imaginei que fosse troca de carbono.

Encontramos um quarteto pedalando, Rubens, Luiz, Nilton e Cláudio, que nos deram dicas sobre a região e indicaram o Hotel 3 Meninos em Itariri, já que considerávamos a possibilidade de não cumprir  o cronograma.

Mais a frente encontramos o Marcelo de Pirituba-SP que estava em viagem para Curitiba-PR.

Cruzamos diversos córregos que deságuam no mar mas nem sequer molham a corrente.
A areia da praia é ótima para pedalar, mesmo com a maré cheia.


Passamos por algumas tartarugas mortas que o Sálvio insistia em fotografar, uma gaivota deficiente (só com uma pata), alguns pescadores e finalmente chegamos à área urbana da Ilha Comprida (agora entendo o nome).
A praia estava completamente cheia devido ao feriado de 15 de novembro na quinta e o feriado da Consciência Negra na terça dia 20.

Pausa para as fotos, seguimos sentido Iguape onde chegamos rapidamente e com fome procuramos um local para almoçar.
Ilha Comprida
A cidade é incrivelmente parecida com São Chico e ao lado da igreja recarregamos as energias no Restaurante do Lau.



Partimos para mais um bom trecho de pedal, deixando a cidadezinha para trás e seguindo rumo a Miracatu.

Chegamos ao pé da serra de Itariri onde paramos para um lanche, no bar da Clarisse, que já roubou, matou e encontrou Jesus, segundo ela.

Tivemos de aguardar que um de seus filhos buscasse um isqueiro para acender o fogão e fritar alguns stakes pra nós. Enquanto esperávamos, ouvíamos suas desventuras pelo submundo do crime e das drogas. Ao fundo o som gospel fazia parecer que estávamos em um culto.

Religião à parte, ficamos bem mais tempo do que o esperado no local e partimos para a Estrada do Despraiado que corta a Reserva Ecológica da Juréia – Itatins.

O lugar é realmente lindo e protegido, possui duas casas, uma em cada extremidade do Parque com guardas que não permitem a permanência no Parque sem autorização.

O relevo agora já não era plano e subia e descia a medida em que avançávamos em direção a Pedro de Toledo.

Em alguma parte da estrada, depois de uma descida, ao olhar para trás não vi mais o Sálvio. Parei, esperei e nada, então decidi voltar um trecho de cerca de 1 km gritando e como resposta só o eco da minha voz. Será que ele desistiu? Não. Será que desmaiou e caiu em uma valeta? Não.
Um carro passou e disse que vinha uma bike e então resolvi continuar até encontrar o Samuel que conversava com um morador local. Depois de cerca de 3 minutos chegou o Sálvio que relatou que havia perdido o óculos e por isso voltou para buscar, mas não encontrou.

Depois de muito pedal chegamos ao rio que deveríamos atravessar e o Samuel (até hoje acho que foi de propósito) caiu tentando passar pedalando. Filmei é claro. Tiramos as sapatilhas e com água nas canelas cruzamos ás águas geladas.

Começava ali o pior trecho do dia onde sabíamos que a elevação passava dos 420 metros, estávamos a 90 mts e a 15 km do fim da estrada. Detalhe eram 19:15.

Depois de cruzarmos a ponte em um pequeno povoado, iniciamos a subida, e que subida. Escuro, só com a luz do farol do Samuel, em uma estrada com inclinação absurda, era praticamente impossível pedalar e então empurramos um bom trecho da subida até que depois de atingir 429 metros de elevação começamos a descer.

O Samuel só com o freio dianteiro funcionando tornava a descida mais lenta. Mesmo que os dois freios estivessem bons, só ele tinha uma boa luz na bike e ninguém queria despencar lá de cima.
São e salvos chegamos a uma mercearia próxima de Pedro de Toledo onde conhecemos um senhor simpático que nos indicou um hotel na cidade.


No caminho encontramos o Felipe, que pedalou conosco até o hotel que não tinha vagas e então nos guiou até o Hotel 3 Meninos (indicado pelo Nilton lá na Ilha Comprida) em Itariri, município vizinho a Peruíbe, nosso destino original.
Não conseguimos cumprir o objetivo e faltavam 18 km até lá, mas o cansaço e a fome fizeram com optássemos por pernoitar ali mesmo.
Agradecemos ao Felipe pela carona e acertada a hospedagem, fomos jantar. Ao sair, o Samuel me deixou trancado no quarto, tendo que pular a janela e dar a volta no hotel.

No trailer próximo a rodoviária comemos e como de costume, deixei os dois e fui com calafrios  tomar meu banho. A dona Aurora permitiu que as bikes dormissem no quarto ao lado que estava em reforma.
Parafernalhas ligadas nas tomadas para carregar, dormimos.


Combinado o horário do despertar para às 06:30, Boa noite.