terça-feira, 17 de setembro de 2013

A importância de manter distância

O vídeo abaixo mostra o perigo que é para o ciclista quando o motorista não respeita a distância segura ao ultrapassar a bike.

Conhecido como Ciclista Capixaba, Rafael Darrouy, filmou seu apuro diante de um motorista intolerante e sua agressividade gratuita. Também conhecida como "fina", as ultrapassagens muito próximas de um ciclista podem ocasionar acidentes graves e até mesmo fatais para quem circula em duas rodas.

Como determina a lei, o ciclista trafegava na faixa da direita, e foi alertado através da buzina, que um veículo o ultrapassaria. O que ele não esperava é que a ultrapassagem fosse tão próxima, pois haviam outras duas faixas que o motorista poderia utilizar de maneira segura para realizar a manobra.

Em seguida o trânsito para e Rafael prossegue, quando segundos depois o mesmo motorista ao ultrapassá-lo, chega a provocar o toque do retrovisor em seu cotovelo.

Essa atitude é chamada de "Fina Educativa", onde o motorista ensina que o ciclista não deve estar ali. A sensação de quem está na bicicleta é de ter escapado da morte.
Rafael demonstrou ter um domínio muito grande da bicicleta, pois conseguiu manter o equilíbrio. Também teve a sorte do toque não ter sido na ponta do guidão, mas em seu cotovelo, o que ajudou a absorver um pouco da energia do contato com a reação de sua musculatura. Por pouco a conduta irresponsável do motorista não causou sua morte.
Quando um carro (ou ônibus, caminhão, moto, etc.) esbarra na ponta do guidão, este se desloca para a frente. Se o ciclista estiver com o peso do corpo apoiado no guidão, que é a situação mais comum, é grande a chance dele se desequilibrar pela ausência do ponto de apoio, caindo na direção do carro. Se não estiver com o corpo apoiado, a situação também é de risco extremo, pois o guidão se moverá com maior facilidade e em maior ângulo: a bicicleta “escapará” do ciclista, levando-o também na direção do veículo que o tocou.
Quando o ciclista cai em direção a um carro que o tocou, há boas chances de um braço ou perna ir parar debaixo da roda traseira. Ainda que isso não aconteça, o ciclista cairá logo atrás do carro, ficando exposto na via aos outros veículos que estiverem vindo atrás. Se o veículo que esbarrou for um ônibus, caminhão ou mesmo uma SUV mais alta, há chances da roda passar por cima da cabeça ou do tronco.
É muito difícil que alguém circulando em bicicleta pela rua caia de repente, principalmente quem já está habituado a esse tipo de deslocamento. E, mesmo que isso ocorra, se o condutor do veículo motorizado estiver a uma distância adequada, o ciclista não irá parar debaixo da roda. A distância de 1,5m, exigida por lei, não é à toa.